Palu (singular), Mapalu (plural), é um tipo de ostra marinha habitante de zonas de coral. Diferente de outras ostras localizadas ao longo da costa de Moçambique, esta ocorre no intervalo entre a época fria e a época quente.

Samatendje, mais conhecido por Régulo Samatendje, foi um mágico e régulo de Mapangapanga, distrito de Gorongosa, em Sofala, muito famoso por defrontar os portugueses na construção de uma ponte sobre o rio Nhandugue, que separa Nhamapaza e Gorongosa.

Muheya e mwila são dois instrumentos que carregam muitos significados na arena da tradição, sobretudo na arte da promoção da magia. A sua origem é vinculada aos curandeiros e feiticeiros, que deles ficaram a saber por meio de uma revelação espiritual. São ferramentas sagradas que ninguém pode tocar sem a autorização dos proprietários ou sem ter tido uma comunicação espiritual.

Mathokozana é um jogo tradicional moçambicano, predominante no sul de Moçambique. O mesmo é executado em uma pequena cova de formato côncavo ou num círculo desenhado na argamassa, envolvendo doze dados chamados vhana (filhos, no sul do país)  e um mugungo ou xigungo.

A mukapata ou mucapata é um prato típico da província da Zambézia, que é essencialmente feito à base de arroz, feijão soroco/soloco (vignaradiata) e coco. É uma receita fundamental do património cultural da Zambézia e de Moçambique em geral.

Cabo Delgado é um mosáico gastronómico que impressiona quem visita a província, tanto nacionais quanto internacionais. Das suas iguarias únicas, encontramos o dinhede ou dinyede, nome que se dá a um prato tradicional típico da culinária makonde, grupo etno-linguístico daquela província.

O kulaya é uma prática que consiste no aconselhamento às mulheres que pretendam casar e tem por objectivo ajudá-las a manterem-se firmes e a saberem cuidar, construir e erguer, com balizas próprias, o seu novo lar. Na zona sul de Moçambique, kulaya significa “educar”, de modo tradicional, e é um exemplo de migração das formas de educação feminina do norte para o sul do país.

Mwenhe Mukuro é um santuário localizado no Posto Administrativo de Nova Sofala, distrito de Búzi, província de Sofala. A expressão é originária da língua CiNdau e em português quer dizer “grande muçulmano”, em referência, conta a história, a um santo chamado Abdul Remane descoberto num sonho colectivo pelos residentes islâmicos daquele posto administrativo.

Depois de trazer a história e os contornos socio-culturais da panela de barro na zona sul de Moçambique (Khalango, Galango, Guicalango, ou Nikhalago), este texto explora um pouco este utensísio na zona norte do país. Mwapu em língua emakhuwa quer dizer panela de barro e é uma das mais antigas panelas existentes na sociedade macua, no norte de Moçambique. É muito conhecida pela sua multi-usualidade, especialmente como uma espécie de geleira, visto que tem a capacidade de refrescar água. Quando funciona assim adopta o nome munó.

O verme mopane ou gonimbrasia belina, popularmente conhecido na zona sul de Moçambique como matumana (Ronga e Changana) e matamni (Citswa), é uma espécie de lagarta nativa do sul de África, pertencente ao reino animalia, filo lepidópteros, família saturnidade, género gonimbrasia e espécie belina. A matumana recebe diversos nomes dependendo do país ou região. Na Zâmbia, por exemplo, é denominada muyaya, no Zimbábue  recebe o nome de macimbe, na Namíbia é conhecida como ovambo, na África do Sul, matami ou madonna. Já em Moçambique, na região norte esta larva é denominada malathalatha e no centro, matalatala.